A presença da onça no nosso estado era tão marcante que até hoje algumas cidades carregam em seu nome a lembrança dos tempos em que este magnífico animal habitava os campos gaúchos.

A cidade de Jaguari (mesmo nome do rio que passa por ela) tem seu nome com origem do guarani “îagûara” (onça) + “y” (rio), que significa literalmente “o rio do jaguar”. Registros históricos relatam “pragas de tigres” (referindo-se à onça-pintada), que no século XVII teriam “infernizado” a vida dos primeiros habitantes da região do Vale Jaguari (hoje constituída pelos municípios São Francisco de Assis, São Vicente do Sul e Jaguari). A busca por um lugar mais seguro longe dessas “feras” teria sido um dos motivos pelos quais as primeiras reduções jesuíticas, há pouco tempo fundadas ali, foram transferidas para outras regiões.

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A história da origem do nome da cidade de Arroio do Tigre data do século XIX. Conta-se que, por volta de 1875, as primeiras famílias moradoras da região passaram a encontrar vários de seus animais de criação mortos as margens de um arroio. Um grupo de homens resolveu então preparar uma tocaia para abater o animal, que já estava causando pânico entre os moradores. Até que um dia, neste mesmo arroio deram de cara com uma onça-pintada, que foi abatida a tiros. Como não conheciam o animal, julgaram ter matado um tigre, que acabou ficando lembrado no nome do município.

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A denominação da cidade de Jaguarão se deu em função do rio homônimo, que cruza a zona fronteiriça, onde foi erguido o município. O Rio Jaguarão nasce próximo à cidade de Bagé e deságua em território uruguaio, na Lagoa Mirim. Diferentes explicações são atribuídas à origem do seu nome, que está registrado em documentos de natureza diversa. Uma possível gênese seria o aumentativo português da palavra derivada da língua tupi que significa onça, em alusão ao animal que era encontrado antigamente. Porém, a versão mais corrente baseia-se na lenda indígena de JAGUA-RU. Assim era chamado, pelos guaranis pampianos, um monstruoso animal, que tinha corpo de lobo marinho e cabeça e patas com garras de tigre, com o porte aproximado de um cervo. Este terrível ser fazia escavações em barrancos, perto das margens onde os índios trabalhavam, e provocava o desmoronamento de terra, fazendo com que pessoas ou animais que se aproximassem do local fossem lançados às águas e se tornassem suas presas.